Capítulo 15
A boca da mulher se entreabriu seus lábios vermelhos se destacando, enquanto seus olhos. sob o efeito da droga, brilhavam intensamente.
Lembranças que Rafael Souza tentara esquecer relampejaram em sua mente, recordando a noite recente em que ela o olhara com aquele mesmo olhar.
De repente, ele sentiu uma leve onda de calor no peito.
E Patricia Ribeiro aproveitou para se enroscar nele ainda mais
Bruno Cardoso, ao testemunhar a cena sem que Rafael empurrasse a mulher para longe, sentiu a dúvida crescer dentro de si
Durante o dia, Rafael havia confessado que ela não era sua esposa. O que estava acontecendo agora?
Seu olhar se fixou em Patricia Ribeiro, enquanto deglutia com dificuldade: “Penny, sou eu, o Bruno. Vem comigo.”
Ele tinha certeza de que a droga já estava fazendo efeito e que, naquele estado, Patricia não resistiria a quem a levasse embora.
Estendeu a mão, mas ao ver a expressão de Rafael, a recolheu rapidamente.
Rafael não era nenhum idiota. Se a mulher tinha invadido seu camarim durante o dia,
claramente estava fugindo de Bruno, como poderia ser namorada dele?
“Namorada ou não, o Sr. Bruno sabe bem…, Rafael começou a dizer, mas sua voz falhou ao desviar o olhar para a mulher que causava tumulto em seu pescoço.
Teo inocente quanto era o olhar de Patricia, tão audaciosos eram seus atos.
Ela já havia desabotoado a gola da camisa de Rafael, esfregando–se nele como um gato impaciente, beijando seu pescoço com os lábios vermelhos.
Sentindo um calor intenso, ela só queria algo para se refrescar, seu corpo parecia estar em chamas, e o homem à sua frente era como um bloco de gelo.
Ela tentava desesperadamente extrair o frescor dele, mas seus gestos apenas arranhavam a superficie de seu desejo, querendo ainda mais.
Ao testemunhar suas ações, Bruno sentiu um aperto no baixo ventre. A aura fria de Patricia, combinada com sua expressão atual, era como uma flor venenosa, fazendo o coração dos homens coçar.
Será que Rafael também se interessara por ela?
Não era ele que se dizia indiferente às mulheres?
Os lábios de Rafael se apertaram em uma linha fina, e seus olhos escureceram. Se continuassem assim, ele poderia passar vergonha ali mesmo.
19:55 T
Com um movimento, ele segurou as mãos travessas e, com seus braços frios e firmes, prendeu seus braços e cintura, impedindo–a de se mover.
Logo em seguida, a levou para o elevador no outro lado, sem dar muitas explicações a
Bruno.
Bruno, por sua vez, não ousou bloquear o caminho nem fazer perguntas. Afinal, mesmo que Rafael tivesse levado sua namorada, ele não teria coragem de contestar.
Com as mãos apertadas ao lado, Bruno se sentiu frustrado.
Todo o esforço que fizera, agora beneficiava outro homem.
Ele sabia bem dos efeitos da droga; a mulher estaria bastante submissa naquela noite, pronta para ser colhida.
Os homens atrás dele começaram a falar com cautela: “Sr. Bruno, nós…”
“Sumam!“, Bruno explodiu, frustrado e com uma expressão terrível no rosto, saiu do hotel com passos largos e decididos.
No elevador, Patricia, com os braços imobilizados, não conseguia tocar a cintura dele, mas sua boca não descansava, mordiscando–o por cima da camisa.
O rosto de Rafael se fechou ainda mais, e ele tentou chamar o gerente do lobby para abrir outro quarto.
Sentindo que ele iria soltá–la, Patricia usou toda a sua força e mordeu o osso da clavicula dele, deixando uma marca de dente nem muito profunda, nem muito leve.
“Ah…”
“Está tão quente…“, ela murmurou, olhando fixamente para o homem à sua frente.
Seus cílios pareciam molhados, e seus olhos estavam cheios de um ar de vulnerabilidade.
Com os olhos semicerrados e a respiração desordenada, assim que o elevador chegou, Rafael a levou direto para o seu quarto.
Patricia Ribeiro levantou o pé e atravessou para dentro do banheiro, esticando a mão para abrir a torneira e deixar a água fria correr.
dele,
Enquanto isso, com as mãos finalmente livres, ela voltou a envolver o pescoço inspirando profundamente o aroma gélido que emanava do seu corpo, um desejo intenso brotando dentro dela, seus lábios finos encontrando o ouvido dele.
“Amor.”
Rafael Souza desviou o olhar e, num impulso, empurrou–a para dentro da banheira cheia de água gelada.
“Ah…!”
A água fria como gelo espantou na hora o calor que tomava conta do seu corpo, fazendo
Patricia Ribeiro estremecer por inteiro.
“Tá mais esperta agora?”