Capítulo 7
“Do que você está falando?”
Rafael Souza falou com uma voz gelada, recostando–se devagar: “Da próxima vez, se liga pra não ficar me empurrando essas minas.”
Os caras são clientes dele, será que ele não se toca?
Realmente tem gente nesse meio que curte essas paradas, mas ele se considerava fora dessa há anos, sem a menor vontade de se meter nessas confusões.
João Pereira, nos últimos anos, tinha aprendido cada coisa que só por Deus, parecia que era hora de dar um jeito nele.
“Primo, você não vai querer dar uma chance? Demorei pra achar alguém que fosse a cara, que eu achasse que fosse dar certo contigo.”
Se o Rafael Souza não estivesse interessado, ele mesmo tinha uns apartamentos vazios: “Se você não quiser, eu fico com ela pra mim, eu curti ela pra caramba.”
Do nada, Rafael Souza endireitou–se na cadeira.
“Vou te arranjar um estágio nos Souzas, pra você parar de andar com essa galera da pesada, sua mãe já tinha me dado um toque, aparece lá amanhã pra começar.”
João Pereira engoliu em seco, sem ter chance de retrucar, o telefone foi desligado do outro. lado.
Ele olhou preocupado para Patricia Ribeiro, que por sua vez devia ter sacado que tinha sido dispensada.
Ela tentou confortá–lo: “Presidente Pereira, relaxa, talvez o Sr. Souza tenha outros planos, aquela mansão é pra alguém muito especial, não tem nada de errado em ele ser cauteloso.” João Pereira suspirou: “Mas ele está na busca ainda.”
Patrícia Ribeiro manteve a calma: “Negócios também dependem de destino, deve ser que eu e o Sr. Souza não estávamos no mesmo caminho.”
“Então beleza, depois eu converso com ele pessoalmente, se ele realmente não quiser, você me ajuda a decorar aqueles apês, eu curto muito seu estilo.”
Patricia Ribeiro sorriu e estendeu a mão: “Tá certo, muito obrigada pela moral, Presidente Pereira.”
João Pereira atendeu outra ligação e se desculpou com um sorriso: “Valeu, pessoal, mas tenho que vazar agora, me passa seu número que depois a gente se fala.”
Sem hesitar, Patricia Ribeiro passou seu número, João Pereira salvou po celular e se mandou do camarote.
Num piscar de olhos, só restaram Patricia fubeiro e Luis Rodrigues, que já estava no se sequedo role da noite, melo alto, e sem ninguém por perto, já não se preocupava em manter as aparências.
“You chamar um motorista pra vocá.“
Patricia sabia que Luis tava alt firmeza só pra ajudar no trampo, não tinha como não reconhecer isso, ainda mais que ela se sentin à vontade no estúdio dele
Então valeu, Lui”
Luis relaxou e a bebida bateu de vez.
Não era que Patricia não quisesse levar Luis pra casa, mas o cara tinha casado há um ano e a esposa era ciumenta pra caramba, então melhor evitar treta e chamar um motorista
mesmo.
Ela o apoiou e sairam do camarote, seguindo pelo corredor em direção ao elevador do outro lado.
Era um caminho mais curto para a saída.
Luis tava visivelmente bêbado, murmurando alguma coisa.
“Já falei que não é nada disso, você está me cansando.”
“Não posso ter um pouco de privacidado?”
Parece que até sonhando o cara tava discutindo com a patroa. Patrícia o segurava com todo o cuidado, mantendo a distância, o que não era nada fácil.
Luis tropeçou e quase caiu para fora quando as portas do elevador se abriram.
Patricia Ribeiro apressou–se em segurar a porta, quando uma mão pálida e bem–feita surgiu para impedir que o elevador se fechasse.
Ao seguir o rastro daquela mão, deparou–se com o rosto de Rafael Souza.
O “obrigada“, que ela estava prestes a dizer ficou entalado em sua garganta.
Como era possivel que alguém que ela mal tinha visto nos últimos três anos de repente. estivesse por toda parte desde ontem? Seria isso destino ou mera coincidència?
Rafael Souza lançou um olhar brevemente sobre ela e Luis Rodrigues e depois desviou, perguntando com indiferença: “Que andar?”
O homem havia afrouxado dois botões da camisa, não mais tão distante, porém ainda com uma expressão enigmática.
Patricia percebeu rapidamente a expressão de ironia e desdém que passou pelos olhos dele.
Com uma atmosfera estranha no ar, ela ajudou Luis Rodrigues a entrar, com uma voz educada, porém distante: “Térreo, obrigada.”
19:52 1
Naquele instante Luis Rodrigues soltou mais um de seus comentários desconexos.
Falando em dinheiro o tempo todo você realmente se importa comigo?”
Eta sabia pelos colegas de estudio que o parceiro de Luis Rodrigues era um grande consumista, Luis, por outro lado, era estorgado e tinha colocado o estúdio nos trilhos. No. entanto, todo o dinheiro que ganhava acabava nas mãos do companheiro.
Um arrepio percorreu Patricia ao sentir o frio cortante do lugar, e então ouviu a risada sarcastica de Rafael Souza
“Cliente
Ela se sentiu embaraçada, mas naquele momento não podia admitir que Luis Rodrigues eral
seu chefe
Se Rafael Souza ja tinha uma impressão negativa dela, saber que o dono do estúdio estava bébado naquela situação certamente os colocaria numa lista negra, excluidos para sempre. Sem muita escolha, ela concordou com a cabeça.
“Pois é, Sr. Souza, que coincidência.”