Capítulo 6
O acidente fol questão de um instante, mas Patricia Ribeiro nem se preocupava em ser reconhecida.
Além de dar uma passadinha para visitar o Vô Souza nos feriados, ela quase nunca aparecia diante dos Souza. Até o Rafael Souza, o próprio marido, não fazia ideia de como ela era, que dirá os outros, que nem ligavam pra ela.
Patricia Ribeiro sorria com um toque de irritação ao pensar na cara do Rafael Souza: “Deve ser algo que fiz que não caiu bem pro Seu Souza.”
João Pereira curtia uma beleza de dar gosto, não importava a profissão ou a família. Diante dessa gata com olhos e sobrancelhas marcantes, até suavizava a voz sem perceber.
“Imagina, seu trabalho é cheio de arte. Meu primo pode ser do ramo dos negócios, mas não começou só com finanças, não. Ele fez duas faculdades, e uma delas tem tudo a ver com arte. Ele tem olho pra isso. Deve ser o rolo do divórcio que está deixando ele de mau humor.
Patricia Ribeiro ficou na dela, mas Luis Rodrigues se espantou: “O Rafael Souza casou?”
João Pereira soltou um suspiro: “Casou faz tempo, e agora que voltou, já procurou um advogado pra se divorciar na pressa.”
Ele quase não dava as caras na familia Souza, ainda mais depois de adulto, vivendo na farra. Só sabia que o Rafael Souza tinha casado por arranjo do avô, mas nunca tinha visto o primo.
Luis Rodrigues, que ouvia isso pela primeira vez, se interessou: “Pensei que o Visobelo Moradia fosse pra lua de mel, mas o cara já era casado, é? Parece que queria o espaço só pra ele.”
João Pereira chamou os dois pra sentar, todo despojado: “Pode ser considerado de lua de mel. Meu primo não está nem aí pra prima que tem agora, casou forçado. Ele tinha outra na cabeça, e o Visobelo Moradia deve ter sido planejado pra ela.”
Depois disso, ele passou um suco pra Patrícia Ribeiro com consideração: “Quando ele chegar, eu mostro o que você projetou, ele vai curtir.”
Ela agradeceu com um sorriso educado: “Valeu, se fecharmos negócio, eu levo o Presidente Pereira pra jantar.”
João Pereira se amarrou no jeitão tranquilo dela e falou mais um pouco: “Se rolar mesmo, você me deve um rango. O pagamento vai ser justo e, fazendo negócio com meu primo, sua fama vai nas alturas.”
Patricia Ribeiro concordou com a cabeça. Realmente, se desse certo, Seria a chance de alavancar seu nome e conseguir uma vaga no circulo do Rafael Souza, sem se preocupar mais com o futuro do estúdio.
Do outro lado do corredor, a porta do reservado se abriu e um homem año entros exalando uma vibe fria e intimidadora
Mal pisou lá dentro, ocular tocou de novo.
Ao ver que era João Pereira, Rafael Souza franziu a testa, nem atender
O cara ao lado notou a expressão dele e achou graça “Que for? Chegou com a cars fechada quem te cutucou?”
O espaço era amplo e cheio de gente, mas na Cidade Capital, a turma se dividia em rives Rafael Souza estava no topo, cercado só por gente de peso.
Os outres já sabiam o esquema e se tocaram para longe assim que ele entrou
Eduardo Nunes passou uma bebida pra ele, mão alva, feições delicadas e um ar tranquilo: “E o lance do divórcio? Ouvi falar que ela não quer assinar
A história do divórcio de Rafael Souza não era segredo.
Logo mais, a fofoca chegaria aos ouvidos do Vo Souza.
Arrancando os abotoaduras e jogando–os para um garçom ao lado, Rafael Souza se jogou despretensiosamente no sofá, cruzando suas longas pernas com naturalidade, exalando uma aura de autoridade firme: “Ela vai assinar mais cedo ou mais tarde, ninguém sabe melhor que ela o porqué de termos casado.”
Seu tom era indiferente, deixando claro que não queria se estender no assunto.
Ele não estava irritado esta noite por conta da esposa apenas no papel, mas sim por causa da mulher com quem havia se encontrado mais cedo.
Ele não conseguia entender como a reação dela foi tão desajeitada, depois de ter estado naquela vida por três anos.
Por coincidência, ouviu a conversa na mesa ao lado sobre namoradas.
Conversa de homem, em geral, é sem filtro, mas Rafael Souza, que nunca dava bola para esses papos, se viu estranhamente atento a eles.
“Então ela tava se fazendo de santa? Depois que você sacou, o que rolou?”
“O que ia rolar? Terminamos, né. O himen dela havia sido restaurado várias vezes, se não fosse meu amigo do hospital que a reconheceu, eu estaria quase casando com ela. Al descobri que nem o filho era meu, queria que eu fosse o paizão de alguém de graça, né? Sonha, Alice.”
Para esses playboys, que não faltava nem dinheiro nem tempo, o assunto mais comum entre eles era mulher,
“As mina de hoje em dia são espertas, depende do que você curte, né? Tem aquela que ‘caça certeira‘? Vai que o filho até é de um conhecido teu, essas que parecem mais inocentes, vai saber o passado delas…”
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Do outro lado do corredor, a porta do reservado ae abriu e um homem alto entrou, exalando uma vibe fria e intimidadorn.
Mal pisou la dentro, oplular tocou de novo.
Ao ver que era João Pereira, Rafael Souza franziu a testa, sem atender.
O cara ao lado notou a expressão dele e achou graçn: “Que fol? Chegou com a cara fechada, quem te cutucou?”
O espaço era amplo e cheio de gente, mas na Cidade Capital, a turma se dividia em níveis.
Rafael Souza estava no topo, cercado só por gente de peso.
Os outros já sabiam o esquema e se tocaram para longe assim que ele entrou.
Eduardo Nunes passou uma bebida pra ele, mão alva, felções delicadas e um ar tranquilo: “É o lance do divórcio? Ouvi falar que ela não quer assinar.”
A história do divórcio de Rafael Souza não era segredo.
Logo mais, a fofoca chegaria aos ouvidos do Vô Souza.
Arrancando os abotoaduras e jogando–os para um garçom ao lado, Rafael Souza se jogou despretensiosamente no sofá, cruzando suas longas pernas com naturalidade, exalando uma aura de autoridade firme: “Ela vai assinar mais cedo ou mais tarde, ninguém sabe melhor que ela o porqué de termos casado.”
Seu tom era indiferente, deixando claro que não queria se estender no assunto.
Ele não estava irritado esta noite por conta da esposa apenas no papel, mas sim por causa da mulher com quem havia se encontrado mais cedo.
Ele não conseguia entender como a reação dela foi tão desajeitada, depois de ter estado. naquela vida por três anos.
Por coincidência, ouviu a conversa na mesa ao lado sobre namoradas.
Conversa de homem, em geral, é sem filtro, mas Rafael Souza, que nunca dava bola esses papos, se viu estranhamente atento a eles.
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“Então ela tava se fazendo de santa? Depois que você sacou, o que rolou?”
“O que ia rolar? Terminamos, né. O himen dela havia sido restaurado várias vezes, se não fosse meu amigo do hospital que a reconheceu, eu estaria quase casando com ela. Ai descobri que nem o filho era meu, queria que eu fosse o paizão de alguém de graça, né? Sonha, Alice.”
Para esses playboys, que não faltava nem dinheiro nem tempo, o assunto mais comum entre eles era mulher.
“As mina de hoje em dia são espertas, depende do que você curte, né? Tem aquela que é ‘caça certeira? Vai que o filho até é de um conhecido teu, essas que parecem mais inocentes, vai saber o passado delas…”
Capitulo 6
A mão de Rafael Souza apertou o copo que segurava de repente, enquanto a imagem de Patricia Ribeiro com o olhar baixo e submisso passava por sua mente, junto com fragmentos da noite passada, ainda vividos. Uma inquietação cresceu dentro dele.
Naquela hora, João Pereira ligou mais uma vez, pedindo que descesse até o camarote, querendo resolver as coisas cara a cara.